Todo turista que visita Genebra sente um impulso que o leva a visitar as representações dos órgãos internacionais ali sediados. Por ser uma cidade global, Genebra é, ao lado de Nova York, o centro mais importante da diplomacia e da cooperação internacional.
Em Genebra estão instalados o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a sede europeia da ONU, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a sede da Organização Mundial do Trabalho, a Organização Mundial da Saúde e a Organização Mundial do Comércio, para citar as mais importantes. O escritório da Fifa também está em Genebra.
Caminhando pela Praça das Nações, de longe o turista vislumbra uma movimentação em torno de uma imensa cadeira na calçada. De perto, em frente à representação da ONU, percebe-se que a cadeira de doze metros de altura tem uma das pernas quebradas (Broken Chair). Mais de perto, descobre-se que é uma obra do artista suíço Daniel Berset. Pesquisando, descobre estar diante de um protesto contra a fabricação e o uso das minas terrestres antipessoais.
Estima-se que existem cerca de 100 milhões de minas terrestres espalhadas, distribuídas por 68 países. Elas estão nos campos de cultivo, nas ruas, atalhos ou tanques de água. Avalia-se que a cada vinte minutos, em algum lugar do mundo, explode uma mina terrestre, ferindo ao menos uma pessoa, produzindo deficiências físicas e mutilações no corpo.
Há dois tipos de minas terrestres: as antitanques ou antiveiculares, contendo cerca de cinco quilos de explosivos – destinadas a explodir com a passagem dos carros militares – e as minas antipessoais, com meio quilo de explosivo, com a função de matar ou ferir desde uma até várias pessoas, se estiverem em grupo.
As minas terrestres são compostas por um invólucro com carga explosiva e um detonador. Enterrada a pouca profundidade, é detonada pelo peso do alvo que se quer atingir, e podem continuar ativas por muito tempo depois de sua instalação.
Broken Chair. Uma grandiosa escultura contra a estupidez humana.
–
EvaldoOliveira
Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do RN
Deixe uma Resposta