A Capadócia fica na Anatólia Central, bem no meio da Turquia, a 700 quilômetros de Istambul. Nessa região, onde pontuam formações geológicas únicas, resultado de fenômenos vulcânicos e erosivos, as cidades mais conhecidas são Uçchisar, Göreme e Ürgrüp. Em Göreme se destacam hotéis, habitações e igrejas escavadas na rocha. O Parque Nacional de Göreme, com suas bizarras formações geológicas, foi declarado Patrimônio Mundial pela Unesco.
Na região da Capadócia, difícil é falar nas atrações, que são muitas. As cidades subterrâneas da região datam do século V a.C, e estão entre os locais cuja visita é obrigatória. Entre as mais importantes está a cidade subterrânea de Kaymakli, composta de quatro pisos e até 15 a 25 metros de profundidade. Em seguida vem a cidade de Derinkuyu, conectada com a cidade de Kaymakli. Está localizada a 25 quilômetros de Nevsehir, e tem quase oitenta e cinco metros de profundidade, com cinquenta e dois túneis de ar verticais catalogados em sua área.
Uma das melhores experiências, quando se está viajando pela Capadócia, é algo simples, geralmente desprezado pelos turistas: são as feirinhas públicas que se espalham pelas pequenas cidades. É nessas feiras onde, de forma descontraída, podemos sentir o pulsar de uma cultura milenar, de forma pura e espontânea. Aqui encontramos de tudo um pouco, desde réplicas de objetos de antes da era cristã, como lamparinas de azeite, assim como antigos moedores de pimenta, jarras, e ainda réplicas, em miniatura, de casas, teatros da época de São Paulo, pedras com escrita cuneiforme, figuras dos derviches dançantes e muitos outros elementos da cultura daquele povo de origem tão antiga.
Porém nada se compara ao encantamento de viajar pelo céu da Capadócia, onde sonho e realidade se fundem, dando origem a um terceiro sentimento que não sei qual.
Quase esquecia de algumas bugigangas que adquiri em uma daquelas feirinhas e que guardo com carinho em minhas relíquias de viagens: um porta-caneta com tinteiro, instrumento utilizado pelos árabes em seus momentos de escriba.
Foto do porta-caneta
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EvaldOOliveira
Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do RN
Ótimas recordações, Evaldo.
Sua crônica, leve e didática, preenche a saudade dos que já conhecem a Capadócia e aumentam a curiosidade dos leitores que ainda não viveram essa experiência.
By: Francisco de Assis Câmara on Fevereiro 3, 2018
at 6:24 pm
…onde se lê “aumentam” substitua-se por “aumenta”
By: Francisco de Assis Câmara on Fevereiro 3, 2018
at 6:28 pm