Quando descobri aquela casa cor de tijolo, logo imaginei que elas moravam ali. Era uma casa bem construída, um pouco rebuscada no acabamento. Eu queria saber se eram realmente elas que moravam ali, e resolvi montar uma campana nos finais de semana.
Eu sabia que a espera ia ser longa, até que elas resolvessem sair para suas atividades do dia a dia. No dia 28 de janeiro, discretamente fotografei a moradia, que se mostrava muito bem fechada. E fiquei à espreita, realizando uma visita a cada final de semana. A casa continuava fechada; era fácil perceber esse detalhe.
Passaram-se 4 semanas e a casa continuava trancada, sem possibilidade visão do seu interior. A cada visita, fotos discretas para acompanhamento da campana.
Dois meses e 4 dias haviam-se passado e a cena não se alterara. Elas de fato não saíram de casa, percebia-se claramente, apesar do óbvio contrassenso.
Já intrigado com a falta de qualquer sinal que evidenciasse a presença de vida na casa que eu imaginara que elas habitavam, resolvi chegar mais perto. Com todo o cuidado possível, olhei em volta e descobri o que de fato acontecera. Elas haviam saído pela lateral do imóvel. Haviam rompido a parede e sumiram discretamente, sem deixar qualquer sinal nas redes sociais.
Foto de 28 de janeiro
Foto de 4 de março
Campana inútil. Não cheguei a conhecer as mini vespas douradas que eu acalentava fotografar. Fuga pela lateral.
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EvaldOOliveira
Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do RN
Fui lendo devagar, com muita curiosidade. Um certo “suspense” no ar. De repente… Fui levado pelo autor amigo das vespas.
Recordei o “trote” dos bons tempos do vestibular…
Valeu.
By: Francisco de Assis Câmara on Abril 27, 2018
at 6:24 pm