Em visita a Santiago, a educada capital do Chile, depois da visita ao mercado da cidade e de uma maravilhosa degustação de vinhos orgânicos, faltava conhecer um restaurante gostoso, que tivesse a cara da cidade.
Dispúnhamos de uma abalizada indicação, e saímos em busca de novidades, até encontrarmos um café que nos lembrava Paris, porém com alguns detalhes que os chilenos sabem agregar com louvor.
Caminhando pelas ruas quase sempre limpas, nos encantamos com a bela visão de dois amantes fugindo pelos céus de um parque. Como em um passe de mágica, nos descobrimos em frente ao bar Liguria, que eu imaginava um restaurante. Sua fachada simples, com ares italianos, permitia uma visão de seu interior, o que nos impunha a obrigação de entrar, pelo que se anunciava de belo. Logo, a lembrança do Beirute, o emblemático bar-símbolo de Brasília, na 109 Sul, surgiu em minha mente.
O seu interior nos remete a restaurantes antigos, apesar de ter apenas 25 anos de existência. Uma volta no tempo, com suas banquetas convidando para um amplo balcão e, à frente aquele tudo de bom que as prateleiras de um restaurante pode oferecer.
Ao sairmos desse almoço especial, reencontrei el bigodon, que na calçada havia nos convidado a entrar. Um abraço e uma foto. No hotel, dando uma passada nas folhas de um livro que falava sobre aquele famoso bar, deparei-me com a figura de el bigodon. E descobri que havia abraçado um personagem, um ícone.
Liguria, parte de Santiago. Beirute, a cara de Brasília desde tempos.
–
EvaldOOliveira
Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do RN
AH, EVALDO,
COMO ESTAMOS PRECISADOS DESSAS COISAS SIMPLES E BELAS DE VERDADE.
DESSE “TUDO DE BOM” QUE ESTÃO NAS PRATELEIRAS E NAS NOSSAS LEMBRANÇAS.
ABS, GENIBERTO
By: Evaldo Oliveira on Junho 16, 2018
at 12:03 pm