A República Democrática Alemã (Alemanha Oriental – RDA) foi um Estado criado em 1949, na área de ocupação soviética, quando o território alemão foi repartido entre os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a União Soviética. A zona de influência soviética deu origem à RDA, enquanto as outras três deram origem à República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental – RFA).
A Alemanha Oriental (lado leste) foi proclamada em Berlim Oriental em outubro de 1949, onde se estabeleceu um regime socialista amplamente controlado pela União Soviética, que manteve suas tropas no local com base nos acordos de Potsdam, para contrabalançar a presença militar dos Estados Unidos na RFA, no lado oeste.
No ano de 1961 foi construído o Muro de Berlim, que dividiu a cidade em dois lados até o ano de 1989, quando foi posto abaixo pelo povo. Em 1990 ocorreu a reunificação da Alemanha.
Após a reunificação, nós, os turistas, percebemos que alguns pequenos legados da antiga Alemanha Oriental ainda persistem, alguns bem recebidos, outros nem tanto. Três elementos devem ser lembrados, quando se fala em legados deixados pela Alemanha Oriental: A East Side Gallery, o Trabant e o Homem do Semáforo.
A East Side Gallery é uma galeria de arte ao ar livre, situada em uma sequência de 1.113 metros no lado leste do antigo muro , próximo ao centro de Berlim. Consta de 105 pinturas feitas por artistas de todas as partes do mundo. Algumas dessas pinturas tornaram-se ícones da expressão gráfica de Berlim, sendo reproduzidas em quase todo tipo de souvenires vendidos na cidade.
O Beijo da Morte
O Trabant – companheiro de viagem, em alemão – era um veículo construído com fibras de plástico parecido com fibra de vidro, não reciclável e mais barato. Por suas características, o Trabant poderia partir-se em dois se recebesse uma carga superior à sua capacidade. Muitos desses automóveis foram abandonados nas ruas por seus donos depois da queda do muro em 1989. Hoje, uma empresa de Berlim aluga esses carros para passeios turísticos pela cidade.
No lado oriental de Berlim, ao tentar atravessar a faixa de pedestres, o turista se vê diante de um sinaleiro que mostra um homem de baixa estatura, de chapéu, a nos orientar na passagem – SIGA -, caminhando lento no início e rápido do final, até que, em vermelho, ele reaparece em posição de abraço, em um PARE único no mundo.
Com a queda do muro de Berlim, surgiu uma reação do povo que morava no lado oriental para a manutenção do Ampelmann, chegando a haver uma votação para se escolher entre a manutenção do símbolo oriental ou se o povo preferia o ícone universal. O Ampelmann continua orientando os pedestres até hoje.
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EvaldOOliveira
Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do RN
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