José sofre de glaucoma há muitos anos, e usa as medicações prescritas pelo seu médico oftalmologista. Já se informara na internet, e sabia que glaucoma é uma doença ocular caracterizada por alteração do nervo óptico que leva a um dano irreversível das fibras nervosas e, consequentemente, perda de campo visual. Essa lesão pode ser causada por um aumento da pressão ocular ou uma alteração do fluxo sanguíneo na cabeça do nervo óptico (Wikipédia).
Por duas vezes chegou a fazer cirurgia para tentar baixar a pressão que teimava em se manter alta em seus olhos (pressão intraocular). Sabia que existem dois tipos da doença, sendo mais comum o glaucoma de ângulo aberto, mas existe o glaucoma de ângulo fechado. Não entendia a diferença, porém o médico lhe disse que o seu era o de ângulo aberto.
Tendo em vista que a cirurgia a que se submetera – trabeculectomia – não havia sido eficiente em baixar sua pressão intraocular, o médico lhe indicou uma nova cirurgia, cujo pagamento poderia ser coberto por seu plano de saúde. Depois de algumas explicações, o oftalmologista ofereceu-lhe um folder com os detalhes técnicos, as especificações e a fotografia do pequeno aparelho que seria colocado em seu olho, junto à íris. Isso pode ser colocado dentro do olho?– pensou.
O objetivo é que aquele aparelhinho construído de titânio (não ferromagnético) abra uma passagem para que o líquido do seu olho passe de um lado para o outro da íris, e com isso trazer alívio para sua pressão ocular aumentada.
Dois stents
Em casa, a leitura daquele material o introduziu no mundo do micrômetro e nas estruturas da dimensão nano, onde pululam as coisas nos níveis do invisível. De quebra, era-lhe oferecida a oportunidade de ser um dos primeiros brasileiros a se utilizar do menor dispositivo médico conhecido a ser implantado em humanos.
Ele dedicou um tempo especial para as medidas do aparelho quase invisível a olho nu, que media, em comprimento, menos da metade de um milímetro, isto é, 0,4 mm, e 0,3 mm em sua base. E verificou que essas medidas tornam o aparelho um gigante, se considerado o mundo nano.
E a dúvida: o plano de saúde vai pagar por esse implante?
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EvaldOOliveira
Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do RN
Muiiito boaa
By: Paula moreira on Abril 13, 2019
at 11:51 am