Publicado por: Evaldo Oliveira | Abril 26, 2019

DiSLeXiA – NO FIM DO TÚNEL, UMA LUZ

A Associação Brasileira de Dislexia conceitua este distúrbio como um transtorno do desenvolvimento específico de aprendizagem, de origem neurológica, que se caracteriza por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração.

Como podemos deduzir, não se trata de uma doença, mas de uma dificuldade de aprendizagem na qual a capacidade da criança para ler ou escrever está abaixo do seu nível de inteligência.

O Correio Braziliense publicou, no segundo semestre de 2018, um artigo com o título Problemas Nos Olhos Pode Ser a Origem da Dislexia, abordando um estudo que cientistas franceses publicaram na revista Proceedings of the Royal Society B.

Nesse estudo, os cientistas descobriram uma possível causa da dislexia. Comparando 30 estudantes de um grupo disléxico com outro de não disléxicos, eles detectaram que, no grupo dos não disléxicos, há diferenças na forma e nos mecanismos de células oculares receptoras de luz, envolvidas na visão.

Em indivíduos sem a disfunção que compromete a leitura, as células oculares receptoras de luz não têm a mesma forma em ambos os olhos, ou seja, são assimétricas. No caso dos disléxicos, há simetria dessas estruturas, segundo a análise feita nos 30 voluntários.

Os cientistas descobriram que, quando uma pessoa vê uma imagem, o cérebro escolhe o sinal enviado pelo olho dominante– o ser humano tem um olho que prevalece sobre o outro – para recriá-la. No caso dos disléxicos, a simetria impede o cérebro de escolher entre os sinais enviados pelos olhos, o que explicaria a confusão que esses indivíduos fazem ao ler e escrever.

Descobrimos que há um intervalo de tempo entre a imagem primária (vista pelo olho) e a imagem-espelho (recriada pelo cérebro). Isso nos permitiu desenvolver um método para borrar a imagem-espelho, que confunde tanto os disléxicos, utilizando uma lâmpada LED, explicou.

O tratamento experimental foi feito com o uso de uma lâmpada LED piscando de forma extremamente rápido, invisível, não identificada a olho nu, na frente do paciente. Dessa forma, pôde-se cancelaruma das imagens no cérebro de disléxicos durante a leitura. Os testes iniciais resultaram em melhora no desempenho dos voluntários, mas os investigadores ressaltam que novos estudos são necessários para confirmar a eficácia do método.

Determinação do olho dominante

O dominante

Estique os dois braços à frente

  • Faça um triângulo sobrepondo as mãos, mantendo um espaço aberto entre os polegares e os indicadores;
  • Foque este espaço em um objeto qualquer, um pouco distante;
  • Feche um dos olhos;
  • Se você ainda vê o objeto, o olho dominante é o que ficou aberto. Se não o visualizar mais, o olho dominante é o que ficou fechado.

Dislexia. Uma luz piscando no fim do túnel.

EvaldOOliveira

Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do RN                                               Obs. O texto pode ser acessado no Google (Proceedings of the Royal Society B)

 

 

 

 


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