Neste domingo 28 de abril, algo chamou minha atenção no quintal. Um barulho estranho, entre esganiçado e rouco, que lembrava o barulho de um rói-rói ou de uma fechadura enferrujada de um portão. Saí e fiquei atento, espalhando minha limitada audição pelas árvores. De repente, mais um canto rouco.
Flagrei um tucano exibindo-se no alto de uma palmeira, alheio às encrencas dos filhos do presidente com o seu vice. No duro, no duro, lembrava um xingamento. Não sei para quem.
Só consegui realizar uma foto, e o tucano se foi, tentando equilibrar-se com seu enorme bico amarelo. Partiu na direção da Granja do Torto, hoje residência de finais de semana dos presidentes da república. Desconheço a sua intenção.
Ao lado, um grupo de saguis chamava a atenção, saltando dos galhos repletos de frutos de um abacateiro.
Venho de uma pequena cidade localizada na esquina do mundo, maior produtora mundial de sal marinho, e lá não há nem tucanos nem saguis. Esse privilégio, em plena capital da república, pode parecer estranho para um europeu, acostumado com a falta de animais silvestres em áreas urbanas.
Um tucano. Um xingamento rouco.
Um grupo de saguis; capital com cara de campo.
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EvaldOOliveira
Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do RN
Evaldo
Privilégio do amigo surpreender tão bonitas aves, tucano e saguis, de visita ao teu florido quintal. Por aqui desconhecemos a existência dos mesmos.
Boa noite!
By: Sônia Ribeiro on Maio 12, 2019
at 12:17 am