Vai, alma minha. Viaja pelo infinito, onde os deuses olimpianos fizeram suas trilhas, travaram batalhas homéricas e conquistaram suas ninfas. Se perceberes faíscas rasgando o céu azul, são os ciclopes de Zeus zangados com Asclépio. Quem mandou aquele médico maluco reduzir a clientela de Hades?
Vencedora, conquistarás espaços, posições, posicionamentos; discutirás os temas que afetam a humanidade, sempre amparando a honra e o respeito pelo pensar do outro.
Também encontrarás empecilhos, dificuldades inerentes à luta pelo que achas correto. Vai e tenta convencer. Tens a força da verdade, a disposição dos justos, a visão de futuridade.
Vai, alma minha, com jeito e modos de criança, ajeitando os suspensórios sustentando calças curtas, sem medo dos embates. Segue em frente, a luta te chama; vai e retorna sorrindo.
Vai, alma minha, paira sobre incompreensões e rancores e, qual libélula multicor que um dia foi dragão, fica ziguezagueando pelo sem-fim dos desencontros, dos rancores e das incompreensões.
Alma minha, vai e, se te desgastares, transmuta-te em acalanto, conforta os infelizes e retorna ao teu ninho para te recompores.
Vai, alma minha!
–
EvaldOOliveira
Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do RN
Não seria Em tempos de quarentena?
By: Prof. Carlos Alberto on Dezembro 25, 2020
at 5:42 pm
Essa crônica me fez lembrar um poema de Manuel Bandeira
ARTE DE AMAR
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Quem sabe com a Graça de Deus nos encontraremos em agosto/2021 em nossa querida Areia Branca.
Que Deus nos abençoe e proteja
By: Francisco das Chagas de Brito (Chico Brito) on Dezembro 26, 2020
at 12:07 am