Todos nós conhecemos aquela criança que sabe de cor todas as capitais dos estados brasileiros. Ou aquela outra que aos cinco anos toca sanfona muito bem, ou aquela outra que já se destaca em habilidades matemáticas ou históricas.
Mas o que acontece com a quase totalidade dessa meninada que expressa desde cedo o seu dom, a sua habilidade? A maior parte dessas crianças se torna adultos comuns, e sequer utilizam aquele dom de criança como trampolim para se expressar e crescer.
Eu gosto é dessa sabedoria inata de quase toda criança, com suas expressões e tiradas espetaculares frente aos problemas vivenciados no dia a dia.
– O garoto de quatro anos ia de carro para a escola, junto com seu irmão de oito, e o maior pergunta: Pai, o que é Belzebu? – O pai pensa um pouco, quando o de quatro anos responde na hora: Belzebu é a representação mitológica do demônio!
– A menininha de quatro anos se prepara para sair da casa dos avós, quando a vovó pede um beijinho. Com a mãozinha na boca, nhac -, manda um beijo. O avô, serelepe, pede também o seu beijinho. A garota responde: Ah, vovô, só tinha um!
O menininho de apenas dois anos estava na casa da vovó e esta faz um convite quase irrecusável: Vamos brincar no parquinho? – Vovó, aquilo não é um parquinho; é uma caixa de areia.
– O menininho aponta para um carro estacionado, com o pneu furado, e diz: Papai, o chão amassou o pneu daquele carro!
A garotinha de dois anos estava com os pais, e surgiu uma conversa sobre profissões. O pai pergunta: Você sabe que o vovô Dado é médico? – Sei, sim. – Você sabe o que um médico faz? – Sei sim. Ele cuida das pessoas.
– A menininha tossiu e expeliu uma lombriga comprida, e grita da área de serviço: Mãe, aqui tem um macarrão andando!
– A vovó chega à casa do netinho de apenas dois anos e ele corre para os seus braços. A vovó diz que não pode segurá-lo, porque está dodói da coluna. O netinho olha para ela e dispara: Então, por que você não procura um médico?
– A mãe fez ao filho de nove anos aquela pergunta clássica: Meu filho, você ainda vai ser médico, quando crescer? – Ah, mãe, eu vou ser é o Fernando Henrique Cardoso!
Crianças, infância, momentos de magia.
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EvaldOOliveira
Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geogr
Muito boa esta crônica sobre a sabedoria das crianças. São exatamente 21:00hs. Acabei de chegar da casa da minha filha Nathalie que mora na minha rua exatamente a cinco casas da minha. Ela te duas filhas: Giovanna de 8 anos e Gabrielly de 2 aninhos. A Gabrielly é muito apegada a mim. Tenho um Brasilia 1980. Quando ligo o carro ela ouve da sua casa e grita pra mãe, meu vô está saindo. E corre para a varanda da casa para acenar para mim. Ela mora no andar de cima (em cima da casa da avó paterna). Todas as noites eu vou brincar com ela e colocar para dormir. Hoje aconteceu algo parecido com as histórias das crianças citadas na linda crônica. Quando cheguei a sua casa, havia um pote com gelatina em cima da mesa. Imediatamente ela falou: Vô senta aqui (apontando para uma cadeira) e vai comer tudo, senão a mamãe (que era ela) vai ficar zangada. Me sentei, e, ela começou a colocar gelatina na minha boca. E dizendo, tem que comer tudinho. Ai, quando chego em ligo o computador e vejo esta belíssima crônica. Obrigado amigo Dr. Evaldo por mais este presente do Dias dos Pais. Que Deus nos abençoe e proteja.
By: Francisco das Chagas de Brito (Chico Brito) on Agosto 3, 2021
at 12:19 am