AreiabranquiCidade

O que fazer para reviver um pouco do que representou a Rua da Frente, que com sua fauna humana alavancou discussões, consertou embarcações, trasladou pessoas no Tirol, desembarcou mercadorias na Rampa, orientou barcos e barcaças na entrada da barra, o rio Ivipanim como caminho.

O que fazer para reconstruir fragmentos de estórias, momentos marcantes, instantes de tristeza ou de felicidade que formataram minha meninice.

O que fazer para reviver um novo encontro com Durango Kid, que povoou minha infância com seus tiros de mentirinha e sua cara de malvado.

O que fazer para retomar caminhos que me levaram a outras ruas, praias pouco vistas, momentos-viver, base do meu crescimento pessoal. 

O que fazer para a satisfação quase êxtase de adentrar a pracinha em noite de festa e reviver alegrias de criança, a inquietação das rodas gigantes e dos antigos carrosséis, com suas luzes de pequena monta a despertar sonhos juvenis.

O que fazer para revisitar a Rua do Meio, com seu calçamento de carago, o enlevo do Cine Coronel Fausto, a beleza de suas meninas. Duas das mais belas garotas da cidade moravam ali. 

O que fazer para reviver momentos de ternura nas noites da minha adolescência, com a meninada brincando as brincadeiras de então, cantando em noites enluaradas as cantigas que o tempo pensa que levou. 

O que fazer para… Vou confessar meu jeito evaldonauta de vencer tais dificuldade, baseado em experiências com os deuses olimpianos: Convoquei Argus, Jasão e toda a tripulação da Nau dos Argonautas, e, também tripulante da Argo, parti em busca do meu sonho. Antes, por exigência expressa de Jasão, passamos por Cólquida para uma checagem pós-aventura de que ele participara no ano 939 a.C, junto com 50 deuses e semideuses olimpianos.

Em minha chegada à cidade, percebi ao longe Hermes de pé sobre um cometa. Viera conferir nossa aventura, e descobrira que Chronos cochilava.

Hoje, entendo que cada um de nós tem o direito inalienável de ter uma Rua da Frente, uma pracinha e uma Rua do Meio. E de ser amigo de Argus e Jasão.

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EvaldOOliveira

Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do RN

Dessa aventura (Expedição dos Argonautas)  participaram notáveis heróis, atendendo ao chamado de Jasão, que foi criado pelo Centauro Quíron, o mesmo que cuidou da  criação de Asclépio. Assim, Asclépio, o deus da Medicina, participou da Expedição dos Argonautas. O objetivo era trazer de volta a lã de ouro do carneiro alado Crisómalo, de Cólquida, para que Jasão pudesse ter de volta o trono.